Como ISPs Estão Dobrando a Receita com Serviços de Streaming em 2025
Os serviços de streaming dominam o mercado digital com números impressionantes. As análises indicam que as assinaturas ultrapassarão 2 bilhões até 2029 — um salto expressivo frente aos 1,8 bilhão atuais. Esse crescimento foi impulsionado pela pandemia, com 282 milhões de novas assinaturas apenas em 2020.
Provedores de internet enfrentam hoje o desafio de ampliar suas fontes de receita além dos serviços tradicionais de conectividade. Os dados confirmam essa oportunidade: o mercado de streaming deverá gerar US$ 170 bilhões anuais até 2029, com um aumento de receita 30% superior ao crescimento de assinantes.
Muitos ISPs estão firmando parcerias estratégicas com plataformas como a Doozy TV, criando pacotes integrados que beneficiam ambas as partes. Reunir todos os serviços de streaming em uma oferta única e completa torna-se uma estratégia essencial para aumentar a lucratividade.
O desafio dos ISPs em 2025: competir além do preço
O mercado de provedores de internet no Brasil passa por transformação expressiva, marcada pela ascensão de empresas menores que desafiam as grandes operadoras tradicionais.
Crescimento dos pequenos e médios provedores
O cenário de conectividade brasileiro é redesenhado pela expansão dos pequenos e médios provedores de internet. Segundo dados da Anatel, esses provedores regionais já respondem por metade do mercado de banda larga no país.
A participação das empresas de médio porte aumentou significativamente, saltando de 13% para 17% entre 2020 e 2022, enquanto as microempresas recuaram de 56% para 46% no mesmo período. Esse crescimento foi impulsionado por múltiplos fatores.
Entre 2019 e 2020, as assinaturas de banda larga aumentaram 10%, e entre 2020 e 2021, esse crescimento alcançou 14%. Além disso, o total de provedores ativos no Brasil cresceu 57% em apenas três anos, saltando de 4.204 para 6.618 entre 2014 e 2017. Os pequenos provedores lideram a expansão em áreas antes dominadas por grandes operadoras:
83% dos novos acessos no Sudeste
73% no Sul
69% no Centro-Oeste
55% no Norte
Limitações do modelo tradicional baseado apenas em internet
Em 2025, oferecer apenas conectividade já não basta. O mercado de ISPs tornou-se altamente competitivo, com produtos semelhantes e preços quase idênticos. Os provedores enfrentam desafios importantes: concorrência desleal baseada apenas em preço, regiões saturadas com muitos competidores, e alta rotatividade de clientes. A realidade: o modelo focado exclusivamente na venda de banda larga atinge seus limites. Com o consumo exponencial de dados, impulsionado pelo streaming, jogos online e trabalho remoto, os provedores precisam encontrar novas fontes de receita para sustentar seus investimentos em infraestrutura.
A busca por diferenciais competitivos
Para destacar-se neste cenário desafiador, os ISPs adotam diferentes estratégias de diferenciação. A expansão do portfólio de serviços de valor agregado (SVAs) emerge como principal tendência para 2025. Parcerias com plataformas como a Doozy TV permitem aos provedores oferecer pacotes de streaming integrados, agregando valor à experiência do cliente sem necessidade de grandes investimentos em desenvolvimento próprio. Os dados confirmam que a correta composição de SVAs gera maior ganho tributário, aumento do ticket médio e crescimento nas vendas. Estes serviços adicionais contribuem significativamente para a retenção e fidelização dos assinantes.
Em 2025, a experiência do cliente será o fator decisivo para a fidelização. Provedores que colocam o cliente no centro da operação terão mais crescimento, enquanto aqueles que ainda não priorizam essa estratégia ficarão para trás. A automação residencial também surge como grande oportunidade para os ISPs oferecerem soluções completas que mantenham os clientes por mais tempo.
O grande desafio dos ISPs em 2025 não será apenas oferecer internet de qualidade, mas criar um ecossistema completo de serviços que atendam às diversas necessidades, tornando-se parceiros essenciais na vida digital dos consumidores.
Streaming como motor de retenção e aumento de receita
O streaming se destaca como ferramenta estratégica para provedores que buscam aumentar receitas além da simples oferta de conectividade.
Redução do churn com serviços agregados
Os ISPs enfrentam um desafio persistente: a alta rotatividade de clientes. O churn afeta diretamente a rentabilidade das operações. Dados mostram que serviços de streaming no portfólio dos provedores reduzem significativamente essa rotatividade.
Empresas que adotam essa estratégia reportam fidelização de até 30% da sua base de clientes em apenas alguns meses após implementação. Isso acontece porque múltiplos serviços criam vínculos mais fortes.
O streaming estabelece conexão emocional com o consumidor, transformando a relação técnica em experiência de entretenimento completa. Quando um ISP oferece plataformas como a DoozyTV junto com internet, o cancelamento se torna menos provável.
O cliente evita perder acesso a conteúdos que já fazem parte da sua rotina. A oferta combinada dificulta o cancelamento pois, como apontam especialistas, "é muito mais difícil o usuário sair quando tem dois serviços contratados".
Aumento do tempo médio de permanência
O tempo de permanência dos assinantes está diretamente ligado ao valor gerado ao longo da relação comercial (Life Time Value - LTV). Este indicador se torna crucial para a saúde financeira dos provedores.
Os lançamentos semanais nas plataformas mantêm usuários engajados, aumentando o consumo de internet e incentivando planos com maior capacidade. ISPs que integram streaming em suas ofertas conseguem:
Aumentar a satisfação dos clientes existentes
Estimular recomendações para amigos e familiares
Reduzir a inadimplência
Ampliar a base de clientes organicamente
Impacto no ARPU (Receita Média por Usuário)
O ARPU representa a receita líquida média mensal gerada por cada usuário. Enquanto o ARPU da telefonia móvel caiu 3,2% e o da telefonia fixa 1,2%, o ARPU da banda larga fixa cresceu 5,1%.
Este crescimento se potencializa quando ISPs adotam cross-selling e upselling baseados em serviços de streaming. Planos que incluem streaming premium têm maior aceitação no mercado, aumentando diretamente a receita média.
Ao oferecer streaming junto com internet, o provedor não apenas se diferencia dos concorrentes, mas também aumenta seu faturamento.
Modelos de assinatura, pay-per-view e parcerias de publicidade permitem que os ISPs diversifiquem suas fontes de receita. Plataformas como a Doozy TV oferecem pacotes flexíveis para diferentes perfis de consumo, maximizando o ARPU e fortalecendo a relação com o cliente.
Como ISPs integram streaming
Implementar streaming no portfólio dos provedores deixou de ser diferencial para se tornar necessidade estratégica no mercado atual. Diversos modelos de integração transformam o cenário dos ISPs no Brasil.
Vantagens do modelo B2B com tecnologia embarcada
O formato B2B para streaming apresenta benefícios significativos:
Adição da receita publicitária compartilhada
Criação de pacotes personalizados
Diversificação do portfólio sem investimentos em infraestrutura
Soluções como a Watch Brasil já conquistaram mais de 1,7 milhão de novos assinantes pagos através de aproximadamente 450 provedores. A empresa oferece acesso a mais de 30 mil horas de conteúdo através de sua plataforma e parceiros.
Facilidade de contratação e escalabilidade
Os pequenos e médios provedores contratam esses serviços via autoatendimento, com flexibilidade de escala, reduzindo barreiras de entrada. Mesmo ISPs de cidades pequenas, sem capacidade para grandes investimentos em infraestrutura de TV, podem oferecer estas soluções.
Integração com dispositivos e TVs smart
A experiência do usuário melhora com aplicativos desenvolvidos especificamente para smart TVs. Os usuários acessam conteúdos por celulares, tablets ou diretamente nas smart TVs de forma igualmente agradável. As plataformas trabalham constantemente para personalizar a experiência, facilitando escolhas baseadas nos interesses do usuário.
Resultados financeiros e operacionais para os provedores
Os números não mentem: provedores que adicionaram streaming em seus portfólios colhem resultados financeiros expressivos em 2025. As demonstrações comprovam que esta estratégia impulsiona tanto a lucratividade quanto a eficiência operacional dos ISPs.
Margens otimizadas com pacotes combinados
O aumento no ticket médio é resultado imediato para ISPs que oferecem serviços combinados. Com diferentes planos de streaming, os provedores atendem várias necessidades e ampliam sua audiência, aumentando o faturamento.
Os pacotes que incluem internet e streaming permanecem acessíveis comparados aos custos de TV a cabo, mantendo consumidores confortáveis em gastar um pouco mais.
Os resultados impressionam. A Alloha registrou lucro líquido de R$ 98,58 milhões no primeiro semestre, revertendo prejuízo de R$ 23,20 milhões do ano anterior. Já a Unifique alcançou lucro de R$ 76,1 milhões no segundo trimestre – alta de 37,5% – com receita operacional líquida de R$ 147,8 milhões, representando crescimento de 18,2%.
O modelo de Serviços de Valor Agregado (SVAs) permite composição tributária vantajosa. Como explicou um executivo: "o livro é o único item que tem alíquota zero. Isso gera vantagens competitivas e permite até reduzir o preço final ao cliente".
Redução de custos com infraestrutura
Os provedores economizam significativamente ao adotar serviços de streaming que dispensam antenas ou cabos. Plataformas como a Doozy TV não exigem instalação física, eliminando custos da infraestrutura tradicional de TV.
Com streaming via OTT (over-the-top), os ISPs aproveitam a fibra óptica já existente. Isto representa economia tanto em investimentos iniciais quanto em manutenção, sem necessidade de expansões constantes.
A redução pode chegar a 60% nos investimentos iniciais (CapEx) e até 68% nos custos operacionais (OpEx). Com infraestrutura mais enxuta, os provedores direcionam recursos para outras áreas estratégicas.
Tendências futuras e oportunidades para ISPs em 2025
O panorama do entretenimento digital no Brasil mostra caminhos promissores para provedores de internet dispostos a inovar. Com 59 opções de streaming disponíveis aos consumidores brasileiros, segundo dados da Ancine/BB Media, o mercado expande constantemente.
Todos os serviços em um só pacote
A fragmentação do mercado criou uma necessidade clara: simplificação. Os brasileiros assinam, em média, oito serviços diferentes, conforme levantamento da Comscore em parceria com a Siprocal. Plataformas como Doozy TV e Watch se destacam ao criar hubs que reúnem diversos conteúdos em uma única interface.
Streaming com segurança digital
O aumento no consumo de streaming traz preocupações com segurança digital. Os ISPs incorporam soluções como a OléTV Multi Service, com suporte à casa conectada e assistência residencial, criando diferenciais significativos no portfólio de serviços.
Expansão para novas regiões
Os números revelam oportunidades regionais expressivas. As operadoras já detêm:
55,9% de market share na região Sul
68,9% no Nordeste
44,7% no Norte
Os ISPs direcionam investimentos para áreas com menor concorrência, mas com demanda crescente por entretenimento digital.
Modelos white label e OTT
A Hispamar/Hispasat apresentou a plataforma Wawe OTT Plus, desenvolvida como solução white label 100% personalizable. Este modelo permite que provedores de qualquer porte ofereçam TV online sem necessidade de infraestrutura própria.
A Watch Brasil lançou o Watch Free, com 8 canais em sinal aberto e mais de 500 conteúdos sob demanda. Este modelo inclui espaços para publicidade, gerando novas fontes de receita para os ISPs. Para 2025, os serviços OTT continuarão crescendo, eliminando a necessidade de headends próprios e reduzindo custos operacionais. O crescimento das aplicações de IoT abre novas frentes de negócios para ISPs que já dominam a infraestrutura de fibra óptica.
Conclusão
Os serviços de streaming representam oportunidade real e necessária para provedores de internet em 2025. Nosso artigo demonstrou como esta estratégia pode duplicar a receita enquanto fortalece o relacionamento com clientes.
A integração destes serviços não é mais opcional, mas requisito essencial para competitividade no mercado atual. Os dados financeiros confirmam que provedores com parcerias estratégicas como a Doozy TV conseguem:
Aumentar significativamente seu ARPU
Reduzir taxas de churn
Melhorar margens operacionais
A eliminação de custos com infraestrutura tradicional contribui para resultados ainda mais expressivos. A flexibilidade dos modelos permite que ISPs de qualquer porte aproveitem esta tendência. Pequenos provedores regionais e grandes empresas encontram benefícios substanciais com pacotes combinados. Esta abordagem diversifica fontes de receita e cria barreiras contra a rotatividade de clientes.
Os provedores que agirem rapidamente na criação de hubs unificados de streaming terão vantagem competitiva notável. Oferecer todos os serviços em uma única plataforma atende diretamente às necessidades dos consumidores brasileiros, que hoje gerenciam múltiplas assinaturas separadamente.
O futuro dos ISPs está na integração estratégica de serviços de streaming. Os provedores que abraçarem esta realidade construirão relacionamentos mais duradouros com seus clientes e garantirão fluxos de receita mais robustos e diversificados.
FAQs
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Os serviços de streaming podem ajudar os ISPs a aumentar sua receita através da oferta de pacotes combinados, redução do churn de clientes, aumento do tempo médio de permanência dos assinantes e elevação do ARPU (Receita Média por Usuário). Ao integrar streaming com internet, os provedores criam um vínculo mais forte com os clientes e diversificam suas fontes de receita.
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As parcerias com plataformas de streaming oferecem aos ISPs a possibilidade de monetização através de receita publicitária compartilhada, criação de pacotes personalizados e diversificação do portfólio sem investimentos em infraestrutura própria. Além disso, essas parcerias facilitam a contratação e escalabilidade dos serviços, permitindo que até mesmo pequenos provedores ofereçam soluções de streaming.
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A integração de serviços de streaming via OTT (over-the-top) permite que os ISPs aproveitem a infraestrutura de fibra óptica já existente, eliminando a necessidade de antenas ou cabos adicionais. Isso pode resultar em uma redução de até 60% nos investimentos iniciais (CapEx) e até 68% nos custos operacionais (OpEx), permitindo que os provedores direcionem recursos para outras áreas estratégicas.
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As tendências futuras incluem a oferta de todos os serviços de streaming em um único pacote, maior demanda por serviços de streaming seguros, expansão para regiões menos saturadas e adoção de modelos white label e OTT. Além disso, espera-se um crescimento nas aplicações de IoT (Internet das Coisas), abrindo novas oportunidades de negócios para os ISPs.
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Pequenos e médios provedores podem competir no mercado de streaming através de parcerias estratégicas com plataformas especializadas, oferecendo pacotes flexíveis e personalizados, focando em regiões menos saturadas e aproveitando modelos de negócio que não exigem grandes investimentos em infraestrutura própria. A chave é oferecer uma experiência diferenciada e agregar valor aos serviços de internet já existentes.